6 de abril de 2011

Comunicado - Geração à rasca!



Usando do direito de resposta que lhe assiste, a JSD Trofa vem por este meio, em nome e em defesa dos jovens, repudiar veemente as declarações proferidas pelo Sr. Joaquim Soares, no espaço do Correio do Leitor, sob o título “A geração online enrascada”, na edição de 17 de Março de 2011 do Jornal “O Notícias da Trofa”.
Expressões como “O que esta geração quer é um emprego, não é trabalho”, “Não vejo razão para o seu enrascanço”, “Continuo sem ver a rasca do seu protesto” ou mesmo “Trezentos mil é deveras pouco” ofendem os muitos jovens que se deparam com inúmeras dificuldades para a sua inserção ou estabilização no mercado de trabalho.
Toda a gente sabe que o Sr. Joaquim Soares é marido da D. Natália, responsável por um estabelecimento comercial na Trofa, a papelaria Novo Mundo. Pela sua natureza, esta papelaria tem como principais clientes muitos jovens do nosso concelho. Sr. Joaquim Soares, é dessa forma que olha para os seus clientes?
Toda a gente sabe também, que o Sr. Joaquim Soares e a D. Natália têm um filho, adolescente. Sr. Joaquim Soares é dessa forma que olha para o seu filho?
Não vê que com as suas afirmações gravíssimas e insultuosas está a ofender os seus clientes?
Não vê que com as suas afirmações gravíssimas e insultuosas está a ofender o seu filho?
Não vê que com as suas afirmações gravíssimas e insultuosas está a ofender-se a si próprio como pai?
Não vê que o seu Partido, o Partido Socialista, através do qual a sua esposa tem grandes responsabilidades na Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, é o grande responsável pela situação desesperante que vivem centenas de milhares de jovens no nosso país?
Não percebe que este foi um dos maiores gritos de revolta do povo português, em especial dos jovens, perante a incompetência dos nossos governantes socialistas?
Curioso que mesmo ao lado do seu artigo, vemos uma perspectiva de uma pessoa culta, séria, perspicaz e esclarecida, o Sr. José Maria Moreira da Silva: ”Embora tão diversificados, os manifestantes tinham um objectivo comum: protestar contra as políticas implementadas ao longo dos tempos, que fizeram com que os jovens tenham um ‘presente envenenado’ e um ‘futuro hipotecado’”.
A juventude portuguesa em geral e a trofense em particular, sente-se ofendida com o artigo escrito por este Sr. A JSD Trofa não pode deixar incólume esta situação e reprova publicamente o desrespeito que este Sr. tem pelos jovens, em particular aqueles a quem ele próprio deve muito, os jovens trofenses.
Por fim, a JSD Trofa reitera a sua solidariedade por todos aqueles que vivem, efectivamente, “à rasca”!

18 comentários:

  1. caros elementos da JSD,

    Penso que seria boa ideia colocarem um link ou transcreverem o texto em causa para o vosso blog para que possamos construir uma opinião bem formada. Pessoalmente, teria tendencia para acreditar que se trata de um trabalho pobre à semelhança do que foi o anedótico artigo "Crónicas do Reino" mas perante a impossibilidade de encontrar o artigo na internet talvez fosse uma boa ideia disponibilizar o artigo.

    Cumprimentos,

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  2. Miguel (Trinaterra)06 abril, 2011

    Eu li o artigo no Notícias da Trofa.
    Ao ler o artigo fiquei seriamente indignado, no tempo dele é que era, no tempo dele é que se trabalhava e no tempo de hoje os jovens não querem trabalhar e só querem a função pública. Haja vergonha. Este senhor ridicularizou por completo a sua imagem.

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  3. Parabéns à JSD!
    Jovens, nunca permitam que outros falem por vós!
    Eu, enquanto profissional da educação, ao longo de 30 anos trabalho em prol da educação dos nossos jovens!
    Nutro por eles um respeito e um carinho imensurável!
    Ao longo dos 30 anos acreditei e continuo a acreditar na juventude!
    Na sua irreverência!
    Na sua capacidade crítica!
    Na sua coragem, pois ao longo destes anos convivi com muitos jovens cujas vidas não foram fáceis! Muitos trabalhavam e trabalham para poderem estudar!
    Desde muito cedo fizeram e fazem sacrifícios para poderem desenvolver os seus estudos!
    Dos nossos jovens mantenho hoje, tal como no passado, um grande orgulho!
    Vejo os jovens da minha Trofa com muitas dificuldades à semelhança de todo o país!
    Vejo os nossos jovens com uma enorme capacidade de sobrevivência!
    Em cada um deles projecto o futuro do meu país!
    Projecto a minha velhice e confio…!
    À semelhança do que sempre desejei para os meus filhos, desejo o melhor para todos os jovens, incluindo o filho do autor do texto que certamente o escreveu num momento infeliz! Não acredito que algum adulto, pai, em consciência, descreva a juventude de uma forma tão cruel e com tanto desprezo!
    Isabel Cruz

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  4. Metam-se na vossa vida!

    tem muito com que se preocupar!

    Façam um favor a voces proprios e deixem de ser burros e de criticar os outros pelas suas acçoes e trabalhos pois uma geração a rasca foi gerada desde o partido em que o senhor Cavaco Silva estava la e criou inumeros postos de trabalho para funcionarios publicos e afundou-nos em dividas pois queria ganhar novamente as eleiçoes!

    Enfim agora querem o mesmo ansia nde poder e colocar a geraçao futura ainda mais a rasca com os vossos PASSOS de Coelho , bastante pequenos e que nao pensam no Futuro!

    Ass: 11 anos de estagnaçao no concelho da Trofa!

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  5. Confesso que já tinha saudades de um bom anónimo para alegrar o meu dia.

    Sabe Sr. Anónimo, apesar de eu concordar a 100% consigo no que diz respeito ao péssimo trabalho do deus social-democrata Cavaco Silva a.k.a. Sr. BPN, o tipo de abordagem que fez foi completamente descontextualizada e fez pouco sentido. O Cavaco Silva é um dos principais responsáveis pelo actual estado de coisas mas ao apontar o dedo em exclusivo ao actual PR acaba por cair no erro que você está a criticar, não sei se pensou bem nisso...

    Esse "Metam-se na vossa vida!" deixa no ar a sensação que ficou bastante afectado com o que leu, dá a sensação que é um militante/simpatizante do PS ou até o próprio Joaquim Soares!

    Tenha calma, pensei que a "esquerda" vivia bem com a liberdade de expressão...

    Cumprimentos,

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  6. Gonçalo Sanches07 abril, 2011

    Ao que ponto isto chega. Um partido como o PSD vem a publico com uma posição publica sobre um artigo opinativo de um cidadão singular, em que nem sequer o PSD é referido.
    Isto não é descer baixo. isto é tornar-se pequenino.
    Pobre PSD da trofa

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  7. Que estreiteza de pensamento Gonçalo Sanches. Desde quando é que um partido político não pode tomar uma posição sobre o que quer que seja? É preciso que o artigo faça referência ao PSD (neste caso JSD caso não tenha reparado) para que o mesmo se possa manifestar? E em que medida é que tal significa "descer baixo"???

    Que estranho, num curto espaço de tempo volto a ter a sensação de estar a falar com um militante/simpatizante do PS...

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  8. o anónimo e o Goncalo devem ser tachistas do Estado ou estupidos!
    Ou ambos (é o mais provavel!)

    A JSD insurge-se em defesa dos jovens (não vi mais ninguem a faze-lo) pelas palvras insultuosas daquele senhor que me deram vómitos quando li.

    E o que estes srs estão preocupados é em atacar a JSD. Não se sentiram ofendidos com o artigo.

    Já diz o povo, "quem não se sente....."

    Bem haja a todos

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  9. Parabéns João Mendes!
    O teu bom senso, a tua capacidade de ver para além da montanha faz juz ao que antes referi!
    Acredito nos jovens!
    Quanto ao azedume de quem não gosta de ouvir quem pensa diferente, são o sinais dos tempos! O mau exemplo vem de cima!
    Mas sejamos ponderados!
    Com serenidade hoje e mais maturidade amanhã acredito que o azedume passe porque toda a gente, por muito que não demonstre, tem algo de bom dentro de si! Por vezes a vida torna-os azedos mas o tempo tudo corrije!
    Isabel Cruz

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  10. Cara Prof. Isabel Cruz,

    Muito obrigado pelas suas palavras e muito obrigado pela forma positiva e esperançada com que se dirije aos jovens. Infelizmente, existe uma tendência infeliz e demagógica para considerar os jovens como parte do problema mas nunca parte da solução e, sem querer "puxar a brasa a minha sardinha" entendo que caberá a nossa geração provocar a revolução de consciência que falta na sociedade portuguesa porque a política e os políticos actuais cairam em descrédito e não conseguem apresentar projectos capazes de alavancar a economia da mesma forma que não conseguem largar as velhas práticas do clientelismo, do favorecimento e da corrupção. 37 anos passaram desde a revolução e a incompetência reina agora como reinou durante o PREC.

    Cumprimentos,

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  11. O Senhor Anonimo numero 1!

    Sou meramente um(a)simpatizante do PS!

    Concordo com o Sr. J.Soares disse no artigo, na minha epoca era tal e qual como ele disse, os meus pais partiram para a guerra, etc, etc,etc.

    Pensei que ao lerem a expressao "Metam-se na vossa Vida!" perceberiam que no artigo nao faz referencia nenhuma Juventude Politica em particular, dai conclui que voces aproveitaram-se de um artigo de opiniao, o qual nm publicam pois vem a dizer algumas verdades!

    Conheco o Sr. Soares e o seu Filho, e acreditem o filho, tem uma boa educação, costumes, amizades, e um pessoa sociavel e afecta para todos aqueles que merecem, procurar ajudar o amigo em todas as ocasioes e nao vira as costas quando e preciso ir a luta por um futuro desenrascado! Mas como ele proprio diz: " Nao e com manifestaçoes, nem com letras de musicas revelucionarias que chegaremos a bom porto! ja passou o tempo disso, ja passou o Salazarismo! Na actualidade, existem organizaçoes politicas, locais e momentos ideiais para se debater, conversar e interagir na procura de um bom FUTURO!"- na minha opiniao, um jovem que diz isto, tem uma maturidade enorme apesar da sua tenra idade! Espero que aprendam com ele apesar de ele ter seguido os seus prepositos Socialistas!

    Quanto ao Sr. J.Soares tenho de lhe dar os meus parabens pela retrospectiva historica que realizou de forma a relembrar que no passado estavamos pior que hoje e o futuro nem sabiamos se existiria! portanto façam um favor a voces mesmos e lutem mas de forma digna e nos locais correctos, e nao culpem o governo e o estado Portugues pelo estado ou do desemprego ou dos estudos, e nao se sintam enrascados pois se e para culpar a nivel politico teriamos pano para mangas!

    A subjectividade das minhas palavras nao chega a ser entendida por todos, mas esta bem, temos que dar um desconto a quem pensa que engana os Portugueses, com areia para os olhos! releiam as minhas palavras do primeiro comentario e retirem um conclusao, nao precisam de partilhar , mas fiquem com ela!

    A esquerda tem e para sempre tera liberdade de Expressao! Nos ( esquerda) nacionalizamos ,nos nao privatizamos,
    A liberdade de expressao no vosso partido e que parece um pouco em baixo quando o Sr. Passos Coelho diz algo e passado dois dias desmente!

    Ass: 11 anos de estagnação na Trofa!

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  12. Rui Santos (Bairros)10 abril, 2011

    Em relação ao dizre algo e desmentir 2 dias depois muito haveria a dizer do José Sócrates, mas adiante.

    Vimos agora perceber que afinal aquele anónimo era o próprio Sr. Joaquim Soares, agora com um tom de escrita bastante mais ponderado e sereno (não fosse na altura ter respondido a quente sem qualquer respeito por ninguém chamando os jovens (pelo menos os da JSD) de burros.

    Pois bem, tenta agora apagar da história o seu erro de palmatória. MAS o que está escrito está escrito. Não há nada a fazer. Estou ansioso por ver o destaque que o Noticias da Trofa (que publicou o anterior artigo) vai dar ao comunicado da JSD.

    Haja pelo menos alguém que defenda e faça ouvir os jovens.


    Aproveito para elogiar o João Mendes que sempre foi muito critico à JSD e agora também reconhece a razão.

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  13. Anonimo número 1:

    Volto a referenciar, "conheco muito bem o senhor Joaquim Soares e o seu Filho!", julgo que essas palavras nao referem que serei eu o Senhor Joaquim Soares!

    Senhor esse que nao se encontra em Portugal! Parece que mais uma vez cairam num erro de palmatoria que voces queriam criar! e atirar areia para os olhos!

    Nao darei a cara, mas uma certeza vos deixo, nao sou o Sr. Joaquim Soares, nem nenhum familiar, sou um(a) mero(a) e simples amigo(a) e militante do PS, local onde tive o prazer de conhecer o senhor J.Soares!

    Por favor controlem as voces hormonas de ansia em querer chegar ao poder!

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  14. Finalmente tive o prazer de ler o eloquente artigo de opinião do Sr. Joaquim Soares (doravante JS). Curioso que este senhor volta a elaborar um texto onde abundam meias verdades, pré-conceitos criados no imaginário do Sr. JS e muita incongruência (na minha opinião claro). Fez-me lembrar as infelizes “Crónicas do Reino” onde a falta de imparcialidade e a deturpação dos factos foi berrante e quase provocadora para alguns. Mas, sinceramente, não me parece necessário tanto alarido em torno deste artigo. Não só devido ao facto de ser pouco criterioso, o que lhe retira alguma substância em termos de conteúdo, mas principalmente por ser em grande parte desfasado da realidade o que acaba por lhe retirar credibilidade analítica resumindo-o a um mero artigo de opinião (penso que seria esse o objectivo) que vale o que vale e não é ilustrativo da realidade que tentou, sem sucesso, descrever.
    Alguém devia dizer ao Sr. JS que a facilidade comunicativa, a liberdade para criar inovar e participar, as oportunidades de ensino ou as facilidades de acesso a conhecimento superiores (seja lá o que isso for) não garantem emprego/trabalho ou futuro a ninguém. Já agora, e porque não gosto de argumentar sem me justificar, quando em cima refiro aquelas que, na minha opinião, são as falhas estruturais no texto do Sr. JS, eu perguntaria a este senhor o que entende ele por liberdade para criar e inovar e relembrava-o de todos os financiamentos concedidos ao sector empresarial na década de 80 e 90 e a forma como eles foram mal geridos. E acrescentava que esses fundos não chegaram até nós, rascas, que ficamos sem capacidade financeira para criar e inovar porque o estado é despesista e hipotecou essa possibilidade. Questionava-o sobre as oportunidades de ensino que promovem a proliferação de cursos sem saída, de vagas para cursos sem saída e do endeusamento das medicinas e outros cursos “elitizados” pelo sistema educativo, o que nos obriga a “importar” médicos porque as médias são praticamente impraticáveis e obrigam um futuro médico a tirar 20 a Física ou Matemática para aceder ao ensino superior porque, como todos sabemos, Física e Matemática são fundamentais no tratamento de doenças do foro urológico. Perguntava ainda ao Sr. JS se acha que a liberdade e facilidade para emigrar tinha melhorado e relembrava-o que as leis de emigração em praticamente toda a Europa são hoje mais restritivas ao passo que na década de 60 ou 70 a Alemanha e a França precisavam de mão-de-obra barata e nos deixaram as portas escancaradas. Com todo o respeito pelo Sr. JS, eu acho que ele não deve reflectir muito bem sobre aquilo que escreve, limita-se a debitar os tais pré-conceitos criados no seu imaginário que antes referi. Será um texto de ficção?
    O Sr. JS continua o seu discurso falando sobre as agruras da vida sofridas pelos nossos antepassados como se os jovens tivessem culpa do que aconteceu. Talvez ande entre nós disfarçado o nosso “saudoso” ditador Oliveira Salazar porque a indignação que o Sr. JS demonstra ao referir-se ao passado tenebroso do colonialismo, da guerra e do retorno dos ex-colonos deixa no ar que nós, jovens rascas, teremos alguma culpa no cartório. Ou isso ou que esse facto nos obrigaria a ser melhores. Não conheço essa relação causa/efeito proposta pelo Sr. JS mas talvez fosse mais assertivo da sua parte reconhecer aquela característica muito comum entre uma grande fatia dos portugueses da sua geração sofredora que diz respeito ao acto de gastar mais do que se tem, essa megalomania idiota que obriga a que uma considerável fatia de portugueses se vejam forçados a ter carros topo de gama em regime de leasing e a passar férias de Páscoa no Algarve. Se existem meninos mimados, não foram com certeza os seus pares que os mimaram. Espero que o Sr. JS tenha este aspecto em consideração numa intervenção futura em que se questione sobre os motivos do “enrascanço” dos jovens portugueses.

    (continua)

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  15. (continuação)

    Continuando a minha divagação rasca pelo universo de generalizações e deturpações do Sr. JS, foi com enorme satisfação que li a sua descrição sobre a atitude dos funcionários públicos da sua geração, sobre a forma como o mercado de trabalho é abordado. Querem tudo mas não querem fazer nada. Roupa de marca, férias no estrangeiro, telemóvel, cartão da empresa e subsídios mil. E tudo isto sem o perigo de despedimento e com apenas 30 horas de trabalho semanal, esplêndido! Agora imaginem que nós, rascas, queríamos tudo isso para nós! Que atrevimento o nosso supor que poderíamos beneficiar do mesmo tipo opulência romana que a geração do Sr. JS beneficiou! Habituamos muitos portugueses mal não foi? Mas aparentemente não fomos nós, rascas, a criar esses hábitos.
    “E por isso eles protestam.”
    O Sr. JS, no expoente máximo da sua indignação, afirma que os 300 mil jovens (e não só) são residuais perante o número que o próprio Sr. JS definiu e que ascende a 1.750 mil. Este número inclui 800 mil desempregados, 750 mil funcionários públicos descontentes (mas que ainda assim têm emprego) e 200 mil pensionistas. Foi o número que o Sr. JS definiu para classificar a amostra correspondente aos jovens à rasca como pouco significativa. Incongruências à parte, 300 mil equivalem a 17% do total concebido pelo Sr. JS, o que, num país onde a abstenção ronda os 50%, não me parece que seja um número assim tão insignificante. O que o Sr. Joaquim Soares provavelmente não sabe, é que estavam lá muitos trabalhadores do sector privado com situações estáveis que não se conformam com a forma como a política e a economia deste país são conduzidas e que, apesar de não estarem a sofrer tanto como os seus pares desempregados ou a atravessar outro tipo de dificuldades, são solidários com eles e estão fartos de 37 anos de incompetência da rotatividade PS/PSD. Talvez não devesse generalizar sobre algo que não presenciou, eu presenciei, trabalho no sector privado e sei muito bem daquilo que estou a falar.
    Por fim, gostaria de relembrar o Sr. Joaquim Soares, caso algum dia ele tenha a possibilidade e o tempo de ler as minhas palavras, que não foram eles, os rascas, que deram origem ao despesismo do Estado, nem ao aumento da máquina burocrática portuguesa, nem à destruição das pescas e da agricultura. Não foram eles que decidiram a entrada no Euro sem sustentabilidade perdendo o instrumento económico da desvalorização da moeda que tão útil era às nossas exportações. Não foram eles decidiram construir 10 novos estádios para o Euro2004, não foram eles que permitiram a derrapagem da Casa da Música e do CCB, não foram eles que distribuíram subsídios a empresários que rapidamente fecharam as suas empresas e vivem agora uma vida faustosa e também não foram eles que permitiram que a banca mandasse no país apesar de não pagar os devidos impostos. Mas talvez sejam eles um dia a desenrascar todas as asneiras feitas no passado. A seu tempo tiraremos as devidas elações.

    Cumprimentos

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  16. Caro Sr. 11 anos de estagnação na Trofa!
    Então o senhor identifica-se com o texto do Sr. Joaquim Soares: nada contra. Mas o seu discurso é um pouco confuso, reparou? É que diz que no seu tempo “era tal e qual como ele disse, os meus pais partiram para a guerra…” e eu fiquei a pensar que a sua mãe também teria ido e eu não me recordo do exército ter recrutado mulheres para África mas talvez seja falta de conhecimento da minha parte. Ou então a sua necessidade de mostrar à humanidade que o Sr. Joaquim Soares estava a trazer a luz ao mundo e nem reparou bem no que escreveu. Mas isso são pormenores.
    A expressão “Metam-se na vossa vida” não foi muito feliz da sua parte e esse argumento de que a utilizou porque o artigo não fazia referência a nenhuma juventude partidária logo haveria um aproveitamento por parte da mesma roça a parvoíce. Ou seja, na sua opinião, o Sr. Joaquim Soares tem o direito de dar opiniões e efectuar juízos de valor sobre os 300 mil jovens que estiveram nas manifestações mas a JSD, uma estrutura de JOVENS não tem o direito de contrapor aquilo que foi dito pelo Sr. Joaquim Soares. E este tipo de liberdade de expressão que a sua esquerda defende? Se é, deve ter saído dos melhores cadernos estalinistas ou hitlerianos porque a liberdade de expressão assenta no pluralismo de opiniões e na livre discussão, o que basicamente permite esta “heresia” dos jovens sociais-democratas de emitir uma opinião sobre uma opinião. Será que a subjectividade das minhas palavras chegou a ser entendida por si? Assim espero.
    O seu discurso é tão imparcial que faz uma descrição de tal forma elogiosa em relação ao filho do Sr. Joaquim Soares (da qual não duvido minimamente) que chega a parecer que é pai dele! É que o senhor não faz a coisa por menos, até uma citação do jovem o senhor aqui colocou, deve conhece-lo como ninguém! A frase deve tê-lo marcado de forma inesquecível para não se esquecer de uma única palavra, chega a ser comovente. E digo-lhe que apesar de respeitar a opinião do jovem, o que ele diz não revela assim tanta maturidade porque as manifestações e as músicas revolucionárias desempenham um papel constante na construção do espírito crítico e na luta pela defesa dos direitos das pessoas. Pensar o contrário é ser contra os ideais de esquerda e, segundo o senhor refere, ele é de esquerda. É que as “organizações políticas, locais e momentos ideais para debater” que o jovem refere do pouco têm servido para servir (passo a redundância) as populações e as nossas condições de vida não evoluem em correlação positiva com o desenvolvimento dessas instituições.
    Voltando ao seu discurso confuso, então o senhor afirma no primeiro comentário que “Façam um favor a vocês próprios e deixem de ser burros e de criticar os outros pelas suas acções e trabalhos pois uma geração a rasca foi gerada desde o partido em que o senhor Cavaco Silva estava lá e criou inúmeros postos de trabalho para funcionários públicos e afundou-nos em dividas pois queria ganhar novamente as eleições!” para depois afirmar que não devemos culpar o governo pelo desemprego e afins? Então meu caro, em que ficamos? Podemos ou não podemos culpar o governo? Ou talvez não possamos culpar o SEU governo. Parabéns pela imparcialidade!

    (continua)

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  17. (continuação)

    Tal como sugeriu, fui ler as palavras no seu primeiro comentário e retirei uma conclusão que à revelia das suas instruções irei expor: o senhor é claramente um militante/simpatizante do PS que foi mal-educado a dirigir-se às participantes, a aproveitou-se da temática da geração à rasca para disparar contra o Pedro Passos Coelho que não tem nada a ver com o assunto. Foi um discurso tendencioso mas demasiadamente medíocre par conseguir manipular opiniões, lamento.
    Para terminar a cereja em cima do bolo: “A esquerda tem e para sempre terá liberdade de Expressão! Nos (esquerda) nacionalizamos, nos não privatizamos…”. Quanto ao seu conceito enviesado de liberdade de expressão já me referi anteriormente mas acho hilariante que “encha o peito” para falar de nacionalizações quando a do BPN custou tanto dinheiro aos contribuintes que não têm culpa que a alta finança especule e alinhe em operações de alto risco com produtos financeiros tóxicos. A sua esquerda não penalizou os bancos, penalizou os contribuintes, que raio de esquerda é essa? Mas voltando a mais uma das suas falacias, o senhor diz “nós não privatizamos” mas o governo liderado por Sócrates privatizou parcialmente os estaleiros navais de Viana do Castelo! Será que conta meu caro? E o PEC IV não previa, tal como assumiu o Ministro Teixeira dos Santos a 23 de Março na AR, a privatização de vários activos (empresas) do Estado? Mas onde raio vai o senhor buscar a sua informação? À Caras?

    Agora percebo porque não quer dar a cara…

    Cumprimentos,

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  18. Caro Rui Santos,

    Eu não fui sempre muito critico à JSD. Dito dessa forma parece que discordo de tudo o que não corresponde à verdade. Já estive várias vezes de acordo com as posições da JSD como já me opus a muitas outras. Não se trata de "agora também reconhecer a razão", trata-se de estar do lado de quem está a agir de forma correcta onde, por arrasto, reside a razão. A língua portuguesa é muito traiçoeira.

    Cumprimentos,

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