COMUNICADO
ARROGÂNCIA E IRRESPONSABILIDADE DA CÂMARA SOCIALISTA
É preciso falar verdade aos
Trofenses:
Na passada 5ª feira teve lugar
uma Assembleia Municipal para deliberar sobre o Plano de Reequilíbrio
Financeiro para o Município da Trofa, proposto pela Câmara Socialista.
É de lamentar a ausência da
Presidente de Câmara na discussão de um documento tão importante e fundamental
para o concelho da Trofa como o Plano de Reequilíbrio Financeiro. Nada se devia
sobrepor em agenda à discussão deste documento, o que demonstra a falta de
responsabilidade política da Presidente de Câmara que para além de não ter
estado presente, delegou em dois vereadores a assumpção de uma responsabilidade
demasiado importante para o futuro da Trofa.
Será que foi estratégia política?
Será que foi desconhecimento do documento? Será que foi receio e medo de
assumir o documento proposto?
Que fique desde já claro que o
PSD Trofa:
- É a favor de um Plano que
reequilibre as Contas do Município da Trofa;
- Entende que as dificuldades
gerais por que passam as Câmaras Municipais no país e as exigências decorrentes
da nova legislação (Lei dos Compromissos) determinam a necessidade de
satisfazer os compromissos de curto prazo.
Mas, o PSD Trofa não pode
pactuar:
- Com um Plano que a Câmara
elaborou fugindo ao diálogo com
qualquer outra força política, Juntas de Freguesia ou movimento Associativo do
Concelho, quando são estes os principais visados nos cortes cegos que a Câmara
Municipal se preparava para fazer;
- Com uma operação para os
próximos 20 anos em que durante os primeiros 5 anos só se vai pagar juros, de aproximadamente 10 milhões de euros, não havendo
qualquer amortização do empréstimo.
- Com cortes nas transferências
para as Juntas de Freguesia que
atingiriam 48%, retirando a estas
quaisquer possibilidades de efetuarem investimentos.
- Com cortes para as Associações do Concelho, no mínimo em 26%, dando assim uma machadada na ação
altamente meritória que estas têm em termos sociais, desportivos, culturais e
ambientais.
- Com a má-fé demonstrada ao colocarem no documento um corte de 48% nas
transferências para as Juntas de Freguesia, mas depois virem dizer que afinal o
corte seria só de 20%, para tentarem apanhar os votos dos Presidentes de Junta
na Assembleia Municipal.
- Com a ausência de qualquer reforma na organização dos serviços da Câmara.
Cortar é nos outros, pois cá dentro é manter tudo como está.
Por tudo isto, queremos deixar
bem patente que na Assembleia Municipal não fugimos a qualquer
responsabilidade, antes pelo contrário, mostramos toda a responsabilidade ao
apresentar um requerimento que possibilitava a criação de condições para evitar
o colapso do Concelho daqui a meia dúzia de anos. Fomos mais uma vez
confrontados com a intolerância e arrogância desta Câmara Socialista, ao
recusar qualquer proposta de melhoria. Perante tal circunstância, o PSD não viu
outra solução que não deixá-los a falar sozinhos. Talvez agora percebam que
precisam dialogar connosco, porque o que nos move é apenas os superiores
interesses do Concelho da Trofa.
Para concluir este episódio de
falta à verdade, intolerância institucional e arrogância política, basta olhar
para o comunicado da Câmara Municipal, onde esta assume um papel de mera luta
partidária, com falsidades pelo meio (exemplo 1: voltam a falar de uma dívida
de 66 milhões de euros, quando o plano que eles próprios apresentaram indica o
valor de 50,8 milhões de euros; exemplo 2: afirmam que só os elementos do PSD
abandonaram a votação quando na realidade também os elementos do CDS o fizeram)
e não o papel institucional de que está investida como entidade máxima da
administração do nosso Concelho.
Caros Trofenses,
Já todos percebemos que com gente
desta na Câmara não vamos lá. A Trofa precisa de outra forma de fazer política,
preocupada com o futuro, com capacidade para dialogar, capaz de fazer reformas
na administração do Município e sobretudo com abertura para estabelecer
consensos alargados com as forças vivas do Concelho, sendo geradora de
esperança para todos.
O PSD Trofa está convosco nesta
caminhada, acautelando sempre o presente para salvaguardar o futuro. Esta é a
garantia que vos damos.